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“Quando paramos [totalmente] de nos importar com o que as pessoas pensam, perdemos a capacidade de criar vínculos;
Quando somos moldados pelo que as pessoas pensam, perdemos a vontade de ser vulneráveis.”
O que é a vulnerabilidade para você?
A vulnerabilidade está ligada a necessidade humana de amor e aceitação. Não é “expor a sua vida”, e sim compartilhar os sentimentos e experiências com as pessoas que conquistaram o direito de conhecê-los. É mito pensar “eu me garanto sozinho”, todos nós precisamos de apoio. Precisamos aprender a receber de coração aberto para nos doarmos com coração aberto.
A vulnerabilidade gera vulnerabilidade, e a coragem é contagiosa. Muitas vezes, nossa primeira e maior ousadia é pedir ajuda.
E preste atenção: é perda de tempo medir seu valor pela reação de outras pessoas; quem te ama estará ao seu lado independente dos resultados que você possa alcançar.
Reflita: Você se considera uma pessoa plena?
A plenitude é…
… se libertar do que as outras pessoas pensam;
…cultivar a gratidão;
…se libertar do medo do desconhecido;
…cultivar a autocompaixão;
…se libertar do perfeccionismo;
…cultivar a alegria e tarefas relevantes;
…se libertar da ansiedade como estilo de vida.
Vergonha x Culpa
A autovalorização leva à perseverança, ao passo que a vergonha traz medo e timidez. Ao sentir vergonha, temos a inclinação de culpar algo ou alguém de modo a nos esquivar e esconder, não assumir a responsabilidade. Por outro lado, sentir culpa consiste em um desconforto psicológico que motiva a mudança e, portanto, tem influência positiva. Em suma, a culpa é melhor sentimento que a vergonha.
Os elementos de resiliência à vergonha são:
- Reconhecê-la e compreender os sinais físicos de sua manifestação em você, quais expectativas a desencadeiam
- Praticar a consciência crítica (passar a vergonha por um teste de realidade)
- Ser acessível – conectar sua história com outros
- Falar sobre o sentimento
Alegria
É comum sacrificarmos nossa alegria para evitar a dor. Quando algo está bem e temos medo da dor que virá se perdermos aquilo, por exemplo. É como a sensação de medo de que aconteça algo com seu filho que te impede de ficar feliz quando ele viaja sem você. Esse mecanismo consiste em tentar vencer a vulnerabilidade à força, fugir de ser surpreendido pela dor.
Esse tremor de vulnerabilidade que acompanha a felicidade é um convite para a prática da gratidão. Observe:
- A alegria está nos momentos comuns, não fique perseguindo o extraordinário;
- Não considere o que você tem algo banal – celebre-o.
Amor-próprio
Para ter amor próprio, é preciso atentar-se a 3 aspectos:
- Ter generosidade consigo mesmo: dedicar amor a si mesmo no momento de falhas
- Humildade: entender que todos passam por isso, “errar é humano”
- Consciência equilibrada: abordar as emoções negativas sem sufocar ou exagerá-las
Entorpecimento, um escudo
A sociedade aceitou a ideia de que se estivermos ocupados demais a verdade de nossas vidas não nos alcançará. As pessoas estão desesperadas para sentir menos ou mais. Nisso, anestesiamos nossos sentimentos com entorpecentes a exemplo do álcool e o açúcar. Precisamos:
- Aprender a vivenciar realmente os sentimentos;
- Ficar atento sobre os comportamentos entorpecentes;
- Saber lidar com o desconforto de emoções difíceis.
Aplicando isso a situações traumatizantes:
- Admitir o problema
- Buscar ajuda profissional
- Superar os obstáculos da vergonha de falar sobre ou expor o trauma
- Abordar a recuperação da vulnerabilidade diariamente
A autora fala ainda sobre criação dos filhos, como dar feedback, como avaliar o que compartilhar e a opinião de quais pessoas importam, e muito mais. Para saber o conteúdo na íntegra, ouça o episódio do podcast Amar-se com Saúde 2.0!
“Não é a alegria que nos torna agradecidos,
É a gratidão que nos torna alegres” – Irmão David