Seja vulnerável com sabedoria: lições de “A coragem de ser imperfeito”

Tempo de leitura: 3 minutos

“Quando paramos [totalmente] de nos importar com o que as pessoas pensam, perdemos a capacidade de criar vínculos;

Quando somos moldados pelo que as pessoas pensam, perdemos a vontade de ser vulneráveis.”

O que é a vulnerabilidade para você?

A vulnerabilidade está ligada a necessidade humana de amor e aceitação. Não é “expor a sua vida”, e sim compartilhar os sentimentos e experiências com as pessoas que conquistaram o direito de conhecê-los. É mito pensar “eu me garanto sozinho”, todos nós precisamos de apoio. Precisamos aprender a receber de coração aberto para nos doarmos com coração aberto.

A vulnerabilidade gera vulnerabilidade, e a coragem é contagiosa. Muitas vezes, nossa primeira e maior ousadia é pedir ajuda.

E preste atenção: é perda de tempo medir seu valor pela reação de outras pessoas; quem te ama estará ao seu lado independente dos resultados que você possa alcançar.

Reflita: Você se considera uma pessoa plena?

A plenitude é…

… se libertar do que as outras pessoas pensam;

…cultivar a gratidão;

…se libertar do medo do desconhecido;

…cultivar a autocompaixão;

…se libertar do perfeccionismo;

…cultivar a alegria e tarefas relevantes;

…se libertar da ansiedade como estilo de vida.

Vergonha x Culpa

A autovalorização leva à perseverança, ao passo que a vergonha traz medo e timidez. Ao sentir vergonha, temos a inclinação de culpar algo ou alguém de modo a nos esquivar e esconder, não assumir a responsabilidade. Por outro lado, sentir culpa consiste em um desconforto psicológico que motiva a mudança e, portanto, tem influência positiva. Em suma, a culpa é melhor sentimento que a vergonha.

Os elementos de resiliência à vergonha são:

  1. Reconhecê-la e compreender os sinais físicos de sua manifestação em você, quais expectativas a desencadeiam
  2. Praticar a consciência crítica (passar a vergonha por um teste de realidade)
  3. Ser acessível – conectar sua história com outros
  4. Falar sobre o sentimento

Alegria

É comum sacrificarmos nossa alegria para evitar a dor. Quando algo está bem e temos medo da dor que virá se perdermos aquilo, por exemplo. É como a sensação de medo de que aconteça algo com seu filho que te impede de ficar feliz quando ele viaja sem você. Esse mecanismo consiste em tentar vencer a vulnerabilidade à força, fugir de ser surpreendido pela dor.

Esse tremor de vulnerabilidade que acompanha a felicidade é um convite para a prática da gratidão. Observe:

  • A alegria está nos momentos comuns, não fique perseguindo o extraordinário;
  • Não considere o que você tem algo banal – celebre-o.

Amor-próprio

Para ter amor próprio, é preciso atentar-se a 3 aspectos:

  1. Ter generosidade consigo mesmo: dedicar amor a si mesmo no momento de falhas
  2. Humildade: entender que todos passam por isso, “errar é humano”
  3. Consciência equilibrada: abordar as emoções negativas sem sufocar ou exagerá-las

Entorpecimento, um escudo

A sociedade aceitou a ideia de que se estivermos ocupados demais a verdade de nossas vidas não nos alcançará. As pessoas estão desesperadas para sentir menos ou mais. Nisso, anestesiamos nossos sentimentos com entorpecentes a exemplo do álcool e o açúcar. Precisamos:

  • Aprender a vivenciar realmente os sentimentos;
  • Ficar atento sobre os comportamentos entorpecentes;
  • Saber lidar com o desconforto de emoções difíceis.

Aplicando isso a situações traumatizantes:

  1. Admitir o problema
  2. Buscar ajuda profissional
  3. Superar os obstáculos da vergonha de falar sobre ou expor o trauma
  4. Abordar a recuperação da vulnerabilidade diariamente

A autora fala ainda sobre criação dos filhos, como dar feedback, como avaliar o que compartilhar e a opinião de quais pessoas importam, e muito mais. Para saber o conteúdo na íntegra, ouça o episódio do podcast Amar-se com Saúde 2.0!

“Não é a alegria que nos torna agradecidos,

É a gratidão que nos torna alegres” – Irmão David

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